sexta-feira, 14 de maio de 2010
Formação para gerir pessoas e empresas
Formação para gerir pessoas e empresas
Nas Ciências Sociais Aplicadas, o profissional precisa estar preparado para lidar com os humanos e suas relações
Administrar pessoas, empresas e - inevitavelmente - problemas. Se você é daqueles que gosta de trabalhar com estes três fatores, então anime-se. É neste trinômio que navegam os profissionais das chamadas Ciências Sociais Aplicadas. Tradicionalmente incluídos na área de Humanas, cursos como Direito, Jornalismo, Administração e Economia ganharam uma área própria na última reformulação promovida pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). No perfil, a forte marca dos que agem para transformar a sociedade.
Embora tenha não integrem diretamente a mesma área, os cursos de Humanas e Sociais Aplicadas têm diversas características em comum. Na verdade, as duas ciências trabalham de maneira complementar. "As Humanas trabalham mais com o próprio ser humano. Nas sociais, usamos o homem para a sua organização", explica o diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da UEM (Universidade de Maringá), Mário Lonardoni. "Na nossa área, buscamos a vida em sociedade, nas organizações. Sempre buscando o bem da coletividade. Em Humanas, a busca é pela formação do homem".
Portanto, se você sente uma "quedinha" por Ciências Humanas, mas gosta do envolvimento mais prático com o trabalho organizacional, dê uma olhadinha com calma nas Sociais Aplicadas. Em primeiro lugar, saiba que nestas ciências, o foco está no inter-relacionamento dos homens. Depois, avalie que, como seu trabalho é lidar com a sociedade, é preciso estar preparado para uma área onde tudo muda a todo momento. Afinal, nada é tão dinâmico como acompanhar os homens e suas relações. Poucas áreas do conhecimento tem perfil semelhante.
"Nós buscamos formar pessoas que tenham capacidade para assumir riscos e propor alternativas. É preciso que o estudante não fique limitado a reproduzir conceitos, mas que possa pensar, enfrentar problemas e propor soluções", alerta o diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), Marco Túllio Vasconcelos. "A formação é voltada para pessoas que querem ter conhecimento porque a sociedade está em mutação a cada momento. É preciso que o estudante absorva isso e volte para a comunidade em condições de tentar atender à coletividade", alerta Lonardoni.
No entanto, ao decidir buscar algo na área de Sociais Aplicadas, fique atento. Embora sigam uma linha básica de construção, os cursos têm perfis distintos - e não só na parte acadêmica, mas, principalmente, no mercado de trabalho. Um formando de Jornalismo, por exemplo, nunca enfrentará os mesmos problemas que um de Direito. "As situações são bem distintas. Cursos como Administração e Direito buscam pessoas empreendedoras. Já Economia pretende assessorar empresas. Em contábeis, o empreendedorismo é pequeno", enumera Lonardoni.
Outro fator importante é a saturação do mercado. A área cresceu bastante nos últimos anos, com inúmeras universidades abrindo cursos e, conseqüentemente, provocando um boom no número de alunos. "Em 1997 existiam basicamente 5 universidades federais que trabalhavam com cursos de contábeis, por exemplo", conta Vasconcelos. "Hoje nós temos mais de 20 de Administração e 21 de Contábeis. Tem muita gente que vai desaguar no mercado daqui a um tempo. E não sei se vai haver vagas para todos. Eu tenho a impressão que não".
Vasconcelos faz questão de destacar, porém, que é na crise que surge o espaço para os melhores profissionais. "Quanto mais dificuldades o mercado apresenta, mais precisa de novas idéias, novos projetos. Pensar maneiras de sair da crise", sublinha. "O mercado, para efeito de captação de recursos humanos, não está favorável porque a crise é grande. Mas a empresa, que também está tentando sobreviver, quer alguém que tenha a capacidade de enxergar o mundo, o desenvolvimento local e as relações humanas".
Nas Ciências Sociais Aplicadas, o profissional precisa estar preparado para lidar com os humanos e suas relações
Administrar pessoas, empresas e - inevitavelmente - problemas. Se você é daqueles que gosta de trabalhar com estes três fatores, então anime-se. É neste trinômio que navegam os profissionais das chamadas Ciências Sociais Aplicadas. Tradicionalmente incluídos na área de Humanas, cursos como Direito, Jornalismo, Administração e Economia ganharam uma área própria na última reformulação promovida pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). No perfil, a forte marca dos que agem para transformar a sociedade.
Embora tenha não integrem diretamente a mesma área, os cursos de Humanas e Sociais Aplicadas têm diversas características em comum. Na verdade, as duas ciências trabalham de maneira complementar. "As Humanas trabalham mais com o próprio ser humano. Nas sociais, usamos o homem para a sua organização", explica o diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da UEM (Universidade de Maringá), Mário Lonardoni. "Na nossa área, buscamos a vida em sociedade, nas organizações. Sempre buscando o bem da coletividade. Em Humanas, a busca é pela formação do homem".
Portanto, se você sente uma "quedinha" por Ciências Humanas, mas gosta do envolvimento mais prático com o trabalho organizacional, dê uma olhadinha com calma nas Sociais Aplicadas. Em primeiro lugar, saiba que nestas ciências, o foco está no inter-relacionamento dos homens. Depois, avalie que, como seu trabalho é lidar com a sociedade, é preciso estar preparado para uma área onde tudo muda a todo momento. Afinal, nada é tão dinâmico como acompanhar os homens e suas relações. Poucas áreas do conhecimento tem perfil semelhante.
"Nós buscamos formar pessoas que tenham capacidade para assumir riscos e propor alternativas. É preciso que o estudante não fique limitado a reproduzir conceitos, mas que possa pensar, enfrentar problemas e propor soluções", alerta o diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), Marco Túllio Vasconcelos. "A formação é voltada para pessoas que querem ter conhecimento porque a sociedade está em mutação a cada momento. É preciso que o estudante absorva isso e volte para a comunidade em condições de tentar atender à coletividade", alerta Lonardoni.
No entanto, ao decidir buscar algo na área de Sociais Aplicadas, fique atento. Embora sigam uma linha básica de construção, os cursos têm perfis distintos - e não só na parte acadêmica, mas, principalmente, no mercado de trabalho. Um formando de Jornalismo, por exemplo, nunca enfrentará os mesmos problemas que um de Direito. "As situações são bem distintas. Cursos como Administração e Direito buscam pessoas empreendedoras. Já Economia pretende assessorar empresas. Em contábeis, o empreendedorismo é pequeno", enumera Lonardoni.
Outro fator importante é a saturação do mercado. A área cresceu bastante nos últimos anos, com inúmeras universidades abrindo cursos e, conseqüentemente, provocando um boom no número de alunos. "Em 1997 existiam basicamente 5 universidades federais que trabalhavam com cursos de contábeis, por exemplo", conta Vasconcelos. "Hoje nós temos mais de 20 de Administração e 21 de Contábeis. Tem muita gente que vai desaguar no mercado daqui a um tempo. E não sei se vai haver vagas para todos. Eu tenho a impressão que não".
Vasconcelos faz questão de destacar, porém, que é na crise que surge o espaço para os melhores profissionais. "Quanto mais dificuldades o mercado apresenta, mais precisa de novas idéias, novos projetos. Pensar maneiras de sair da crise", sublinha. "O mercado, para efeito de captação de recursos humanos, não está favorável porque a crise é grande. Mas a empresa, que também está tentando sobreviver, quer alguém que tenha a capacidade de enxergar o mundo, o desenvolvimento local e as relações humanas".
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